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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Iluminismo




O Iluminismo foi um movimento revolucionário, político, filosófico, econômico e cultural, ocorrido na segunda metade do século XVIII na Europa; século este que passou a ser reconhecido como o "Século das Luzes".
Os pilares que sustentaram esse movimento foram: liberdade, igualdade e fraternidade.
Para os iluministas, o homem era bom naturalmente, sendo corrompido aos poucos pela sociedade. Os pensadores dessa época acreditavam que se todos vivessem em uma sociedade mais justa, a felicidade seria alcançada facilmente.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Resenha do filme "O Pianista"


O Pianista se passa em Varsóvia, na Polônia, onde de fato houve o maior número de judeus mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, de 1939 à 1944.
Em torno da história verídica de um pianista judeu polonês, o filme relata exatamente a forma com a qual os nazistas os eliminavam.
Szpilman, personagem central da história, é obrigado a se retirar da cidade junto com toda a sua família e outros milhares de judeus poloneses a caminho de um bairro construído pelos nazistas, que os isolava do resto da população não judia de Varsóvia. Nesse bairro foi construído um muro para evitar que os judeus tivessem acesso ao resto da cidade.


Antes disso, os judeus já eram bastante discriminados pelo alemães. Era proibida a entrada dos mesmos em parques, restaurantes e até em determinadas ruas. Até o banheiro que frequentavam não era utilizado pelos alemães, já que consideravam o povo judeu como um "povo sujo".
Para que fossem facilmente identificados, os nazistas impuseram aos judeus o uso de uma faixa branca no braço com uma estrela de David estampada em azul.
De dentro de sua casa, no bairro judeu, o pianista presenciou uma das cenas mais chocantes de sua vida: um homem aleijado ser atirado da janela de sua casa abaixo. O motivo? Ele não ter se levantado quando os soldados de Hitler adentravam em sua residência e ordenaram que todos ficassem de pé. Todos se levantaram, menos ele, já que era cadeirante. Os nazistas logo trataram de jogá-lo pela janela, em seguida mataram todo o resto de sua família.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Revolução Russa


Podemos definir a Revolução Russa como o movimento social ocorrido na Rússia, em 1917, que levou ao poder pela primeira vez na história a classe operária, implantando o socialismo de Karl Marx.

Contexto histórico
No início do século XX, o povo russo ainda era governado por um Czar. Nicolau II era um imperador com poderes ilimitados, cuja monarquia se pautava no direito divino dos reis, apoiado pela igreja Ortodoxa.
A Rússia concentrava a maior população da Europa, sendo a maioria trabalhadores rurais. Os preços das terras era muito elevado e os camponeses não tinham condições de adquiri-las. As atrasadas técnicas agrícolas acabaram desencadeando a fome e as revoltas. A classe operária vivia e trabalhava em condições precárias, tendo jornada de trabalho extensiva, de até 14 horas por dia e sem nenhum direito trabalhista.
Os operários resolvem lutar por melhores condições trabalhistas; surge o Partido Operário Social Democrata (POSD), cujos líderes Lênin e Trotsky, incentivaram a classe operária.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Primeira Guerra Mundial

Ocorre entre os anos de 1914-1918, tendo suas raízes no final do século anterior.
Na preparação da Primeira Grande Guerra participaram as principais potências imperialistas, que tinham como objetivo a repartição do mundo, com o intuito de garantir matéria-prima, mão de obra e mercado consumidor para sua produção industrial.
A Inglaterra dominava os mercados, seguida pela Alemanha. Para facilitar o transporte de petróleo do golfo pérsico aos mercados Ocidentais, o governo da Alemanha projetou a construção de uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Os ingleses se opuseram a esse projeto pois traria dificuldades para o comércio do país com suas colônias.

Política de Alianças
Devido a assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos blocos políticos que conduziram a Primeira Guerra Mundial, sendo eles:
  • Tríplice Aliança - liderada pela Alemanha, composta também pela Áustria e Itália (que posteriormente troca de bloco);
  • Tríplice Entente - liderada pela França, composta por Inglaterra, Rússia e EUA (a partir de 1917).
Política armamentista em defesa da " Paz Armada"
No começo do século XX, os países ricos europeus propugnavam pela paz. Mas, ao mesmo tempo, estimulavam a indústria de armamentos e recrutavam cada vez mais civis para aumentarem seus contingentes militares. O militarismo crescia e a possibilidade de acordos para manutenção do equilíbrio entre as nações se tornava cada vez mais difícil. A disputa pela supremacia e os focos de tensão já existentes conduziram os países da Europa à corrida armamentista.

Crise dos Bálcãs
A crise dos Bálcãs ocorreu devido ao aumento da rivalidade entre a Áustria-Hungria e a Sérvia, devido ao império Austro-Húngaro ter anexado dois Estados eslavos ao seu território, impedindo a formação da Grande Sérvia, que visava obter uma saída para o mar Mediterrâneo.
Durante essa crise ocorre o estopim que desencadeia a Primeira Guerra: o arquiduque Francisco Ferdinando, futuro governante do império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados em uma visita a Sarajevo, na Bósnia. Um mês após, os austríacos declaram guerra à Sérvia, que conta com apoio da Rússia.
Devido a política de alianças, o conflito nos Bálcãs acaba envolvendo países europeus. A Itália entra na guerra a lado da Entente, mudando de lado devido a promessa da Inglaterra de lhe conceder os territórios irredentos, que não conseguiram conquistar da Áustria desde o período de unificação.
O Japão adere aos Aliados, interessado nas possessões alemãs no Oriente.

Mapa da Europa antes da Primeira Guerra

Fases da Guerra

    1. Guerra de Movimentação dos Exércitos:
As forças em conflito apresentam um certo equilíbrio. Durante essa fase, a Inglaterra decreta o bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso, a França conseguia deter o avanço alemão sobre Paris, na Batalha do Marne.

    2. Guerra das Trincheiras (1915-1917):
Os avanços são poucos, os países aliados tratavam de garantir suas posições estratégicas. A indústria armamentista cresce e novos recursos tecnológicos bélicos dão utilizados, como submarinos e aviões. Tanques e metralhadoras são utilizados em grande quantidade.
 
    3. Guerra de Movimentação - 2a parte (1917-1918):
Nessa fase ocorrem mudanças significativas na posição dos países aliados, que definiram o fim da guerra. A Rússia se retirou do conflito devido à Revolução Socialista que ocorria no país; os Estados Unidos entram no conflito ao lado da Entente.
Com a saída da Rússia, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro puderam lançar toda a sua ofensiva contra a França. Reagindo a essa ameaça, os Aliados enviaram uma maciça ajuda militar aos franceses, o que fez com que as tropas alemãs recuassem. Era o princípio do fim da guerra.

Armistício de Compiègne
Tratado assinado entre os Aliados e a Alemanha, em novembro de 1918, onde os alemães foram obrigados a desocupar o território ocidental europeu, a entregar o armamento bélico pesado, libertar os prisioneiros de guerra e pagar indenizações.

A Conferência de Paris
Reunião das potências vencedoras da guerra com intuito de impor penas pesadas aos derrotados. Dentre os tratados assinados durante essa conferência, o mais importante deles é o Tratado de Versalhes. Nele a Alemanha é considerada a única responsável pela eclosão da guerra, sofrendo duras penas. O Tratado de Versalhes obrigou a Alemanha a:
  • Entregar suas colônias e vários outros territórios alemãs na Europa, dentre eles: Alsácia-Lorena, restituída à França; o Porto de Danzig; e o Corredor Polonês, o que dividiu a Alemanha em duas partes;
  • Entregar a maioria dos navios bélicos à França, Bélgica e Inglaterra;
  • Reduzir seu exército a apenas 100 mil homens;
  • Desmilitarizar a região da Renânia, limítrofe entre Bélgica e França, cujo objetivo era evitar possíveis agressões;
  • Indenizar os aliados da Entente, já que foi considerada a única responsável pela guerra.
As severas condições impostas por esse tratado leva a Alemanha a uma crise econômica, o que possibilitou o surgimento e ascensão do movimento nazista, que defendia o nacionalismo extremado, levado as últimas consequências. Enquanto isso, crescia a indústria bélica. A Alemanha se transformou num barril de pólvora, o que culminou na Segunda Guerra Mundial anos depois, com a ascensão de Hitler ao poder.

Consequências da Primeira Guerra
  • A Europa perdeu 10 bilhões de pessoas e ficou com 40 milhões de inválidos;
  • O desemprego se acentuou nos países europeus;
  • Os campos destruídos afetaram a produção agrícola. Portos e estradas arrasados prejudicaram o comércio e as cidades ficaram arruinadas;
  • Aumentou a participação de mulheres no mercado de trabalho;
  • O liberalismo econômico foi abalado;
  • Houve avanço de ideias socialistas; avanço e fortalecimento do nacionalismo;
  • Os Estados Unidos se tornaram a primeira potência mundial, com a eminente decadência econômica europeia;
  • O Império Britânico entrou em declínio; 
  • Os impérios aristocráticos desapareceram: Austro-Húngaro, Alemão, Russo e Turco; casas reais da Áustria e Alemanha caíram;
  • Houve um surto de industrialização no Brasil;
  • Nova corrida armamentista;
  • Sentimento de revanchismo alemão devido as punições impostas pelo Tratado de Versalhes, ampliado pelo nazismo, o que culminou na Segunda Guerra Mundial. 

Mapa da Europa após a Primeira Guerra.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Renascimento

O Renascimento foi um movimento artístico-cultural ocorrido na Europa, durante os séculos XV e XVI, em decorrência do desenvolvimento econômico.Foi um movimento burguês, de renovação cultural, que passou a adotar o homem como o centro dos acontecimentos.Teve início na Itália, posteriormente espalhando-se por outros países. Era protegido e patrocinado pela burguesia e realeza, que possuíam recursos suficientes para bancarem as atividades artísticas. A burguesia começou a construir grandes palácios, decorados por escultores e pintores que interpretavam as aspirações da classe burguesa em suas respectivas obras.

Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli

Características Renascentistas
  • Antropocentrismo: o homem passa a ser a medida de todas as coisas; oposição ao teocentrismo medieval, deslocando Deus no centro do universo.
  • Classicismo: valorização da literatura, língua e artes da era clássica, latim e grega, que serviam como inspiração aos artistas renascentistas.
  • Naturalismo: representação das coisas e objetos da forma mais fiel possível a sua natureza, não levando em consideração estilizações ou conceitos já existentes sobre os mesmos.
  • Humanismo: movimento intelectual e literário que buscava a valorização do homem, a partir da tradição clássica antiga grego-romana.
Fundamentos humanistas 
  • Valorização do homem: o homem era protagonista da sua própria história, uso do livre-arbítrio.
  • Razão frente à revelação: uso do raciocínio lógico e do método da experimentação para atingir o conhecimento pleno.
  • Inspiração na tradição clássica grego-romana: uso de textos e dos princípios artísticos clássicos como modelo de produções.
  • Criticismo: defesa da liberdade do homem, através da leitura crítica da realidade social, cultural e histórica.
Principais humanistas
Dentre os humanistas, destacaram-se:
  • Dante Alighieri: autor da "Divina Comédia", onde retrata uma viagem ao Inferno, ao Purgatório, até chegar ao Paraíso;
  • Thomas Morus: autor da "Utopia", onde imagina uma organização sociopolítica ideal.
  • Petrarca: autor do poema épico " De África", que aborda sobre a Segunda Guerra Púnica.
  • Erasmo de Roterdã: autor do "Elogio da Loucura", que crítica os excessos da sociedade, como o fanatismo, superstições e abusos do clero. Propôs a reforma da Igreja Católica; defendia a liberdade do pensamento e a tolerância.
  • Nicolau Maquiavel: um dos principais humanistas da época renascentista, poeta, pensador, diplomata e político. Autor de "O Príncipe", que expõe e analisa os fundamentos do Estado moderno. Em sua obra, o personagem central tinha permissão de usar qualquer artifício para conseguir obter os resultados que desejava para seu Estado. Daí então, surge a frase: "Os fins justificam os meios", logo, ele poderia utilizar qualquer meio para conseguir impor sua autoridade.
O Renascimento Italiano nas artes
Na cidade de Florença, no início do século XV, arquitetos como Filippo Brunelleschi, defendiam que a primeira qualidade do homem é a inteligência. Além da arquitetura, Brunelleschi trabalhou como escultor ao lado de Donatello, indo até Roma para estudar monumentos antigos. Projetou a cúpula do Batistério de Santa Maria del Fiori, em Florença.
Donatello foi um escultor italiano e em suas obras notam-se o monumentalismo, o individualismo e a expressão psicológica.
Sandro Botticelli fica marcado por sua gloriosa representação do "Nascimento de Vênus", e encerra a escola pictórica de Florença.
No século XVI, artistas de Florença inauguraram uma nova tendência artística em Roma. A arte perde o ar de leveza e simplicidade, se transformando em obras luxuosas.
Leonardo da Vinci e Michelangelo, ambos florentinos, também foram para Roma. Da Vinci preocupou-se com novas técnicas de pintura, retratadas brilhantemente na "Santa Ceia" e na "Mona Lisa" (Gioconda).

Mona Lisa de Leonardo da Vinci

Michelangelo, por sua vez, se imortalizou na pintura com a decoração do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Suas esculturas de Moisés, David e Pietá, também deixaram um legado único para a humanidade.

Teto da Capela Sistina - Vaticano

O Renascimento se expande na Europa
Nos países europeus os principais artistas renascentistas que mais se destacaram foram:
  • Portugal - Luís Vaz de Camões, com a epopeia portuguesa " Os Lusíadas"; Gil Vicente, com "Auto da Alma" e "Barca do Inferno".
  • Inglaterra - William Shakespeare, dramaturgo imortalizado com obras como "Romeu e Julieta", "Macbet", "Hamlet", "Otelo", entre outras.
  • Alemanha - Jan Van Eyck, autor da tela " O casal Arnolfini", com perfeitos efeitos de simetria, detalhes e cores, representando o real de forma impressionante.
  • Espanha - Miguel de Cervantes, autor de "Dom Quixote de la Mancha"; pintores Velasquez, autor de "As Meninas", e El Greco, autor de "O enterro do Conde de Orgaz".
  • França - Rabelais, autor de "Gargântua", e Montaigne, autor de "Ensaios".

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Era Vargas

Getúlio Vargas foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos (1930-1945 e 1952 -1955). Ele assume o poder em 1930, após comandar a Revolução de 30, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, se caracterizaram pelo nacionalismo e populismo. Sob seu comando foi promulgada a Constituição de 1934, liberal e centralizadora, que estabelecia o seguinte:
  • regime presidencial e federativo;
  • voto secreto e feminino, pela primeira vez no Brasil;
  • ensino primário obrigatório e gratuito;
  • autonomia dos sindicatos e representação profissional;
  • restrição à imigração, japoneses principalmente;
  • nacionalização das empresas estrangeiras de seguros;
  • proibição a empresas estrangeiras de se apossarem de órgãos de divulgação;
  • criação do mandato de segurança para a defesa dos direitos e liberdades individuais;
  • divisão entre três poderes: Executivo, Judiciário e Legislativo

Em 1937, Vargas fecha o Congresso Nacional e instala o Estado Novo, onde passa a governar com poderes ditatoriais (controlador e centralizador). Com o intuito de controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo, ele cria o Departamento de Imprensa e Propaganda -DIP. Vargas também perseguiu opositores políticos, principalmente partidários e simpatizantes do socialismo, chegando ao ponto de enviar para o governo nazista a esposa do líder comunista Luís Carlos Prestes, Olga Benário.

Getúlio Vargas

Realizações
Vargas criou a Justiça do Trabalho, instituiu o salário mínimo, a CLT(Consolidação das Leis do Trabalho). Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira de trabalho, semana de trabalho de 48 horas e férias remuneradas.
Também investiu bastante nas áreas de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce e a Hidrelétrica Vale de São Francisco. Em 1938, ele cria o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística.
Após um golpe militar, Vargas deixa o governo de seu primeiro mandato em 1945.

O Segundo Mandato
Vargas volta a ser presidente da República em 1950, eleito através de vias democráticas, pelo voto popular. Neste mandado seguiu com a política nacionalista, criando a campanha do "Petróleo é nosso", com o intuito de impedir que empresas estrangeiras explorassem o nosso petróleo. Esta campanha resultou na criação da Petrobrás.

O Suicídio
No ano de 1954, o clima político no Brasil era tenso e cheio de conflitos. Havia fortes críticas por parte da imprensa ao governo de Getúlio. Os militares também estavam descontentes com medidas tomadas por Vargas consideradas "de esquerda". A população também não estava muito satisfeita com a situação ruim da economia no país. A pressão em cima dele para que renunciasse a presidência crescia cada vez mais. O atual presidente não aguentou a pressão e, em agosto desse mesmo ano, acabou se suicidando com um tiro no peito, no Palácio do Catete. Era o fim da Era Vargas.

Conclusão
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Getúlio Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infraestrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, ele adotou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no país e suas medidas na área de trabalho favoreceram a classe trabalhadora brasileira.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Crise de 29 - Grande Depressão

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e retração do consumo, o que abalou a economia mundial. Os EUA lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados para os países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre os anos de 1918 e 1928 a produção americana cresceu demais. Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito. Porém, a economia europeia se re-estabeleceu e passou a importar cada vez menos dos EUA, consequentemente os americanos ficaram sem ter para quem vender. Havia mais mercadoria do que consumidores; os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou.
A queda dos lucros, a retração da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na quebra da bolsa de valores. A crise de 29 foi uma crise de superprodução.
O desemprego enfraquece mas ainda o mercado consumidor e o comércio mundial é paralisado. Isto não ocorre só nos EUA, mas no mundo todo. Fábricas vão à falência, a miséria e o desespero se instalam em todos os setores da população.

Medidas de contenção da crise
As primeiras medidas para conter a crise a espalhou para outros países, Europa principalmente, que em reconstrução, dependia da economia americana. Esse quadro se estende até quase a Segunda Guerra Mundial.

New Deal
Para solucionar o problema, tiveram que ser feitas modificações na política econômica em vários países, visando combater a crise. Nos EUA,quado Roosevelt foi eleito (1932), as medidas começaram a surtir efeito.
A situação foi se modificando através de uma série de reformas antiliberais e intensa intervenção do estado na economia. Esse conjunto de reformas foi chamado "New Deal" (novo acordo) e se baseava na proposta do inglês John Maynard Keynes:
  • Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudesse disponibilizar crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldade;
  • Pagamento de uma indenização aos fazendeiros para cobrir os prejuízos com a queima do excesso de produção; com a finalidade de equilibrar a oferta de produtos, fazendo os preços subirem;
  • Controle da jornada de trabalho, fixando um salário mínimo; proibição do emprego de crianças e das horas extras;
  • Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
  • Promoção de um amplo programa de obras públicas (estradas, barragens, casas) para empregar em massa os desempregados;
  • Ampliação e estatização do sistema de previdência social; governo passa a dar amparo ao trabalhador em caso de invalides, velhice e desemprego;
  • Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros supérfluos.

Essas medidas levaram a criação do Estado, que se caracterizava pela promoção do bem estar social.

Conclusão
A crise havia atingido a todos, além dos EUA, Europa, Ásia e até África.
O Brasil, que tinha sua produção centrada no cultivo do café, não resistiu ao ver sua mercadoria apodrecer por falta de comprador e pelos preços defasados. Como a economia brasileira era dependente desse produto, também foi afetada.
Na Europa, os países desesperados para se safarem tomaram várias medidas. Alguns, como Alemanha e Itália, adotaram regimes autoritários para implementarem medidas impopulares. A confusão provocada pela crise criou na Europa o clima responsável pelo começo da Segunda Guerra Mundial.


O Século do Ouro

No século XVIII, o Brasil era o maio produtor mundial de ouro e de diamante. Para evitar o contrabando, Portugal estabeleceu um rígido controle sobre Minas Gerais e cobrava pesados impostos dos garimpeiros. Um dos impostos criados pelo governo português era o quinto, onde os garimpeiros eram obrigados a entregar ao governo português um quinto (20%) de todo o ouro que descobrissem.

A mineração trouxe milhares de portugueses para o Sudeste do Brasil e estimulou o crescimento do mercado interno. Entretanto, grande parte do ouro acabou nas mãos de Portugal e da Inglaterra.
O Tratado de Methuen possibilitou que a Inglaterra conseguisse bastante ouro do Brasil, já que, devido a esse tratado, Portugal se viu subordinado ao governo Britânico. Para reconquistar a sua independência, os portugueses precisaram do apoio inglês, que por sua parte queria algo em troca. Portugal se viu obrigado a assinar tratados que cediam amplas vantagens econômicas aos ingleses, como boa parte do ouro obtido no Brasil.

Nessa época o Brasil era também grande exportador de açúcar, tabaco e algodão. No fim do século, a mineração estava em grande decadência. A agro-exportação voltava a liderar a economia do país.

O açúcar era o segundo produto mais importante de exportação do país, depois do ouro. O algodão, matéria-prima da indústria têxtil, era plantado em grande parte do Nordeste. Grande parte do algodão era exportado devido ao fato de Portugal proibir a fabricação de tecidos no Brasil.
Para tentar controlar de perto a mineração, em 1763 o governo de Lisboa decretou o Rio de Janeiro como a nova capital do Brasil, ao invés de Salvador. A mineração contribuiu para o crescimento econômico e populacional do RJ, MG e SP.

Construção simbolizando o caminho da Estrada Real.

A mineração condicionou também o surgimento dos caminhos da Estrada Real, criada pelos portugueses com o intuito de fiscalizar a circulação das riquezas e mercadorias (ouro e diamante) que transitavam entre Minas Gerais e o litoral do Rio de Janeiro, por onde saíam os navios para Portugal. Outros interesses da Coroa Portuguesa em controlar esses caminhos eram: garantir o monopólio de produtos e controlar a cobrança de impostos sobre a produção de ouro.

Os cariocas do século XVIII viviam numa cidade em constante crescimento graças ao comércio e a navegação. Pelo seu porto entravam mercadorias portuguesas e de outras regiões da Colônia.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Expansão marítima e comercial europeia

Tema constante em provas de vestibulares, entender o que foi a expansão marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI é fundamental para entendermos o surgimento do mundo capitalista atual. A expansão marítima e comercial europeia foi a descoberta de novos continentes e o surgimento do mercado mundial, devido ao aumento de regiões produtoras e consumidoras.

Principais fatores que influenciaram a Expansão Marítima:
  • Formação do Estado Nacional e centralização política - Aliança entre rei e a burguesia:
As Grandes Navegações só seriam possíveis com uma centralização do poder político, devido a necessidade de armamentos, navios, homens capacitados e capital financeiro. Com a formação do Estado Nacional, a burguesia fornecia à monarquia o capital necessário para armar os exércitos e centralizar o poder; os reis, por outro lado, ficavam responsáveis pelo desenvolvimento do comércio, satisfazendo os interesses da burguesia.
  • Avanços tecnológicos na arte náutica:
O desenvolvimento da cartografia favoreceu a elaboração de mapas mais exatos, aprimorando os conhecimentos geográficos. Houve o aperfeiçoamento das embarcações, agora mais resistentes para viagens mais longas, como as caravelas e as naus. Outro avanço tecnológico que favoreceu as grandes navegações e a expansão marítima, foi o desenvolvimento de instrumentos náuticos, como a bússola e o astrolábio (determinava altitude e longitude).
  • A procura de especiarias:
Até o século XV, a Itália dominava o Mediterrâneo Oriental. Os mercadores italianos buscavam produtos orientais, em Constantinopla e Alexandria, e os vendiam no mercado europeu por valores muito altos, obtendo bastante lucro. Interessados em quebrar esse monopólio comercial italiano, a burguesia europeia precisava descobrir um novo caminho marítimo até as Índias.
  • Escassez de metais preciosos na Europa:
Houve uma escassez de metais preciosos, devido a grande quantidade de moedas utilizadas para pagamentos de importações pelos países europeus. Era necessário encontrar novas minas fora do continente europeu, já que as minas do mesmo não conseguiam atender a demanda necessária.